


Reportagem TSF na Ucrânia. "É muito duro de ver"
Irpin foi uma das cidades nos arredores de Kiev onde se travaram dos mais ferozes e violentos combates no início da guerra. A cidade, a 20 quilómetros da capital, serviu de tampão à tentativa a russa de chegar ao centro do poder ucraniano.

Reportagem TSF. Kiev está menos ameaçada e ganha nova vida
As ruas de Kiev estão mais movimentadas e os ucranianos estão a regressar à capital da Ucrânia.

Reportagem TSF. A caminho de Kiev num autocarro cheio de "mulheres e crianças" que regressam a casa
Ucranianos voltam a casa exatamente "com as mesmas malas, pertences e brinquedos" que levaram consigo quando partiram.

Reportagem TSF. Ucranianos acreditam na vitória e esgotam viagens de regresso a Kiev
O primeiro-ministro, António Costa, chega esta quinta-feira à Polónia, onde vai visitar um centro de acolhimento de refugiados instalado no Estádio Nacional de Varsóvia.

Espera por mim, Kiev
Varsóvia, Polónia. Quando entrei na Ucrânia pela primeira vez, três dias depois do princípio da guerra, comboios, autocarros, carros particulares, carrinhas e motos, tudo o que tivesse rodas era utilizado para deixar o país em direção à Polónia, à Hungria e à Roménia. Naquele dia, a fila de carros numa das fronteiras tinha 26 quilómetros. Doze dias era o tempo estimado para que a última família da fila conseguisse chegar à fronteira.

Reportagem TSF. "Espero que regressem ou mergulhem fundo na Europa. Talvez em Portugal"
Mykolaiv é uma cidade cada vez mais deserta. Nas últimas horas, quase 20 mil pessoas deixaram a cidade. Os bombardeamentos russos aliados à falta de água fazem temer o pior. No mercado das flores, Konstantin, um homem de 36 anos, compra rosas para o aniversário da mulher.

Reportagem TSF. Cruz Vermelha pede corredores humanitários em Kherson
Nadia, uma mulher de 35 anos, para o carro junto ao primeiro posto de controlo das forças ucranianas, na estrada que liga Kherson a Bashtanka, Viaja com os dois filhos, de 9 e 14 anos. Parece desorientada, pede-nos ajuda para chegar até Odessa. A fita branca que traz pendurada no retrovisor do carro deixa perceber a origem: Kherson, a cidade mais a sul ocupada pelo exército de Moscovo. As autoridades russas obrigam os civis da cidade a utilizar uma fita nos carros e no braço, tal como os soldados russos, o que transforma os civis em potenciais alvos.

Reportagem TSF. Em Mykolaiv espera-se o pior: "Os russos estão a preparar-se para ocupar a cidade"
Um míssil Iskander atingiu a subestação elétrica que fornece o bairro de Solyanyye, na parte norte de Mykolaiv. "Os russos estão a preparar-se para ocupar a nossa cidade", assegurava no local Dmytro Pletenchuk, o porta-voz militar da Região de Mykolaiv. No Telegram, o presidente da câmara dava conta de problemas elétricos numa parte distante da cidade.

Reportagem TSF: "Já não é seguro estar aqui." Mykolaiv bombardeada três vezes num dia
É o presidente da câmara, Oleksandr Syenkevych, quem o reconhece: a cidade deixou de ser um abrigo aceitável para quem ainda não saiu dela. O conselho é o de que o façam.

Roupa, brinquedos e tudo o que o exército precisa. Só faltam clientes no mercado do Sétimo Quilómetro
Quem ficou na Ucrânia não tem dinheiro para comprar coisas superfúlas. Mas ainda há quem tente ganhar a vida no mercado de Odessa.

Reportagem TSF na Ucrânia. "O bebé nunca saiu da cave enquanto eles ocuparam a aldeia"
"Foi disparado da Crimeia", assegura o médico Yuriy Vikrorovich Schevencko, enquanto mostra o que resta de um míssil que foi abatido pelas defesas ucranianas a 20 de março. Três peças de aço esperam agora ser removidas de um campo agrícola junto à aldeia de Kashpero-Mikolaivka. "Aqui está o motor, veem os propulsores?", pergunta de forma quase retórica. O homem dá mais uns passos. "Este era o depósito, ainda tem combustível." O médico tornado guia aponta depois para a peça maior com quase dois metros de comprimento: "Aquele é o corpo do míssil", explica, numa espécie de aula de anatomia balística.

"Em março de 1944, a aldeia foi libertada dos nazis. Em março de 2022 saíram os ocupantes russos"
Depois de terem fracassado na tentativa de ocupar a cidade de Mykolaiv, as tropas russas tentaram contornar a cidade pelo flanco norte para chegar a Odessa e ao Mar Negro. Pelo caminho, ocuparam várias aldeias.

O polícia Serghiy está num posto de controlo em Mykolaiv e as saudades de Portugal apertam
Serghiy estudou em Portugal quando tinha nove anos. No último mês, o agente ganhou mais um motivo para ter saudades de Portugal: a mulher e a sogra refugiaram-se em Camarate.

Reportagem TSF. Oleksandr e Larissa perderam em Mariupol a casa agora ocupada por "meio metro de cinzas"
Oleksandr e Larissa decidiram deixar Mariupol no dia em que a mãe da mulher morreu aos 97 anos de causas naturais. "Ela salvou-me a vida pela segunda vez. Deixou-me fechar-lhe os olhos e disse que nunca pensou morrer nestas condições", conta a filha. "Tinha acabado de lhe fechar os olhos", explica Larissa, recordando que, instantes depois, o prédio onde moravam foi bombardeado.

Reportagem TSF. Tatiana viu o marido ser traído e levado, encontrou-o morto ao pé de russos
Por toda a Ucrânia há relatos semelhantes aos que chegam das zonas próximas de Kiev. Lotskyne é uma aldeia a centenas de quilómetros da capital, mas também aqui os moradores descrevem abusos, torturas e assassinatos cometidos pelo exército ocupante. "Olhamos para o que aconteceu em Bucha ou Irpin e percebemos que foi uma questão de tempo. Aqui os ocupantes só ficaram seis dias." E ainda assim bastaram para abalar a vida de Tatiana Boshko.

"Dispararam todo o tipo de artilharia sobre nós. Não sei como fazer, mas não podemos ficar aqui"
"Fizeram uma 'limpeza' e mataram os militares russos que ainda tinham sobrevivido. Penso que foram cerca de 300 soldados russos." Ludmila, uma mulher com cerca de 60 anos relata, nervosa, que depois da vitória na batalha de Kyselivka, uma aldeia localizada a 50 quilómetros a leste de Mykolaiv, as tropas ucranianas passaram a zona a "pente fino".

Perto de Odessa. Tropas russas atingem porto de Chornomorsk
Esta cidade está localizada a 20 quilómetros a oeste de Odessa, onde, este sábado, entra em vigor o recolher obrigatório.

Reportagem TSF. "A diplomacia é criar pontes. A questão é: quão forte é o rio por baixo da ponte?"
A presença grega em Odessa é antiga. Para o lembrar basta observar a ânfora com mais de 2000 anos que Dimitris Dohtsis exibe no gabinete. "Foi encontrada durante umas escavações duas ruas aqui ao lado", explica o cônsul-geral da Grécia na Palmira ucraniana.
