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Boa tarde. Foi até de madrugada. Os ministros das Finanças da Zona Euro ainda não chegaram a acordo sobre a melhor forma de responder à frente económica desta guerra contra a pandemia. E o Governo holandês voltou a fazer das suas. Mas, primeiro, vamos aos números.
Os números mais recentes
Mais 35 mortes. Um total de 380 desde o início da pandemia. Os números mais recentes da Direção-Geral de Saúde apontam ainda 699 novos casos de contágio nas últimas 24 horas, elevando assim a contagem para 13.141 infetados em Portugal. 196 pessoas venceram a doença.
Já agora, se quiser perceber porque é que o novo coronavírus mata mais numas zonas do país do que noutras, a Sara Beatriz Monteiro explica.
Espanha voltou a ver subir o número diário de mortes: 757 novos óbitos, de um total de mais de 14.500. O Governo espanhol já apelou à ajuda de outros países europeus. para enfrentar a crise causada pela pandemia de Covid-19.
No Reino Unido, o número de mortos também voltou a subir: 938 óbitos nas últimas 24 horas, que elevam a contagem para 7.097. Boris Johnson continua nos cuidados intensivos, mas, garante Downing Street, está a melhorar.
Na Alemanha, em mais um dia, morreram 254 pessoas, elevando o número total de vítimas para mais de 1.800, enquanto os infetados são mais de 4.000.
Do lado de lá do Atlântico, a pandemia está também cada vez mais letal. De terça para quarta, os Estados Unidos registaram o pior registo mundial de mortes: mais 1.939, que fazem subir a contagem oficial para 12.700. Os EUA são, de longe, o país com mais casos de Covid-19 confirmados.
O Brasil também está a superar, a cada dia, a contabilidade dramática da pandemia. Mais 114 mortes e 1.661 infetados em 24 horas dão ao país governado por Bolsonaro um recorde diário na América do Sul.
O que se passa no terreno
Falta, falta, falta. Continua a faltar muita coisa, não só no combate à pandemia, mas também no combate aos danos colaterais do novo coronavírus.
As Misericórdias portuguesas vieram lançar um alerta: os idosos com Covid-19 correm o risco de morrer em sofrimento nos lares. É preciso apoio médico.
"Tem sabão em casa?" Em Portimão, a Câmara Municipal está no terreno a promover ações de sensibilização junto da comunidade cigana para promover novos e melhores hábitos de higiene. A Maria Augusta Casaca tem a reportagem.
O que a política está a fazer...
Dezasseis horas de reunião não chegaram para os ministros das Finanças da Zona Euro se colocarem de acordo sobre a melhor estratégia para combater os efeitos económicos desta pandemia. Já madrugada dentro, Mário Centeno achou preferível mandar toda a gente dormir sobre o assunto e retomar na próxima quinta-feira.
Até porque a intransigência de alguns continua a boicotar todos os outros. Assim que saiu da reunião, o ministro holandês das Finanças veio a correr para as redes sociais dizer que não está para "garantir dívidas dos outros".
A Comissão Europeia já veio, entretanto, pedir "sentido de responsabilidade" ao Eurogrupo. Agora, quem quiser que enfie a carapuça.
Por cá, António Costa esteve o dia todo a ouvir os partidos políticos sobre a reabertura das escolas. O suspense não é grande, até porque o Presidente da República já veio excluir essa possibilidade, no imediato.
O Governo vai mesmo libertar alguns presos e a ministra da Justiça garante que não há condições para colocar pulseira eletrónica em todos eles. Rui Rio ameaça votar contra o diploma do Governo, isto se não forem feitas alterações. A Maria Miguel Cabo explica aqui quem pode e quem não pode ser libertado.
...e como tudo isto mexe com a economia
A cada previsão, uma nova depressão. Os economistas estimam que, no melhor cenário, a economia portuguesa contraia 0,8% e no pior... 20%.
Os bancos são fundamentais na ajuda que podem dar à economia, mas Carlos César avisou na TSF que é preciso cuidado porque, no final, o Estado não terá "condições para voltar a salvar a banca". Hoje foi dia de "Almoços Grátis".
O Fundo Monetário Internacional já começou a disparar dinheiro para alguns dos países que pediram ajuda financeira para fazer face à Covid-19. E foram mais de 90 até agora.
Entretanto, há setores para quem a emergência económica já começa a ser bastante prolongada. É o caso dos autores e artistas que alertam o Governo para a escassez de medidas de apoio.
No Alentejo, a pandemia está a ameaçar as ceifas deste ano. Falta mão-de-obra, como constatou o repórter Roberto Dores.
A este propósito, o Governo quer cultivar campos em pousio para evitar falta de cereais e de comida para os animais.
E em Ovar, algumas empresas começam a respirar de alívio. Trinta já foram autorizadas a trabalhar, mesmo com a cerca sanitária ainda em vigor.
Informações que lhe podem ser úteis
Pessoas fechadas em casa, animais selvagens na rua. O confinamento dos portugueses parece estar a abrir a porta a novos animais nas cidades. O Nuno Guedes conta-lhe tudo aqui.
O cofundador do Twitter decidiu doar 28% da riqueza pessoal a causas como combate à Covid-19. Entre essas causas está a educação e a saúde dos jovens.
Sugerimos ainda que...
"Bravíssimo!" O elogio é de um médico e eurodeputado italiano que considera que a estratégia de Portugal contra a pandemia está a ser das melhores. A entrevista é do João Francisco Guerreiro.
"A mota vai ter que esperar", diz Miguel Oliveira à Teresa Dias Mendes. Lá está: "Um dia de cada vez".
E em "Sem medo do Medo" desfazemos mitos sobre o álcool e a Covid-19.
Quem sugere o livro hoje é o Mário Augusto, jornalista da RTP, porque "Com os livros estamos mais próximos".
Já sabe, toda a informação é atualizada ao minuto na TSF e em tsf.pt.
Até amanhã.