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Boa tarde. Os cientistas já descobriram mais de uma centena e meia de mutações do vírus que nos mudou as vidas. E Portugal vai ficar, brevemente, a saber qual o nível de imunidade dos portugueses. As regras para a reabertura das escolas já estão definidas, mas há quem as considere absurdas. E, pela primeira vez, disparou o número de casos de infetados que conseguiram recuperar da Covid-19. Vamos aos números que marcam esta quarta-feira.
Os números mais recentes
Boas notícias: o número de doentes recuperados em Portugal aumentou exponencialmente. Há agora mais de duas mil pessoas que recuperaram da doença. Nas últimas 24 horas há a lamentar mais 15 vítimas mortais, numa contagem que já vai em 1089 mortes.
O número de óbitos em Espanha voltou a subir nas últimas 24 horas, isto depois de três dias consecutivos abaixo dos 200. Espanha está quase com 26 mil vítimas mortais.
Apesar de contabilizar quase mil novos casos diários, a Alemanha prepara-se para anunciar novas medidas de reabertura do país.
No Reino Unido ultrapassou-se a barreira dos 30 mil mortos, neste que é o país com maior número de vítimas mortais da Europa.
Onde o combate à pandemia parece não estar a correr nada bem é na Rússia. Pelo quarto dia consecutivo o país governado por Putin registou mais de dez mil novos casos de Covid-19.
Nos Estados Unidos - o país com mais infetados e mais mortos - registaram-se mais 2333 óbitos em 24 horas.
E no Brasil continuam a bater-se tristes recordes. Mais 600 mortes num só dia, que fazem elevar a contagem de vítimas mortais para perto das oito mil.
Em todo o mundo, já morreram mais de 257 mil pessoas e há mais de 3,6 milhões de infetados.
O que se passa no terreno
Quantos de nós estamos imunes à Covid-19? É à procura desta resposta que vai arrancar um estudo piloto em todo o país, com uma amostra de 2700 pessoas. Resultados só lá para o final de junho.
Até ao momento, Portugal já sequenciou 150 genomas do novo coronavírus. Ou seja, o vírus já assumiu 150 formas diferentes.
Também por cá, a Fundação Champalimaud lidera o consórcio internacional de investigação do novo coronavírus. Ao todo são nove países envolvidos.
Entretanto, o Ministério da Educação já enviou par as escolas as regras que terão de ser aplicadas quando os alunos regressarem às salas de aula. Estão todas aqui e o Governo promete que não vão faltar máscaras. A Fenprof diz que as orientações do Executivo são "absurdas".
O que a política está a fazer...
O Governo anunciou hoje novas medidas de apoio aos trabalhadores independentes, aos sócios-gerentes, bem como aos trabalhadores com descontos irregulares. O tema foi a debate esta tarde no Parlamento com PSD e CDS a acusarem o Governo de "desconsideração" e "habilidade política". O Filipe Santa Bárbara explica porquê.
Do PSD chegam algumas críticas - patrióticas, claro - de deputados e dirigentes. Do primeiro Conselho Estratégico Nacional online saíram críticas ao Governo por estar a falhar no lay-off e pelos "devaneios" no investimento.
O Bloco de Esquerda avançou, entretanto, com uma nova proposta para que seja atribuído um subsídio excecional e temporário aos trabalhadores que não têm direito a qualquer apoio.
O Governo aprova esta quinta-feira, em Conselho de Ministros, o Programa de Estabilidade que será discutido, no dia 14 na Assembleia da República.
Entretanto, e a propósito das dificuldades que a TAP está a viver, Carlos César garantiu na TSF que a nacionalização da companhia aérea não está em cima da mesa. David Justino também está contra a nacionalização e aproveitou para, a propósito da polémica do 1.º de Maio, dizer que "não vinha mal ao mundo" se não se tivesse comemorado este ano.
... e como tudo isto mexe com a economia
A Comissão Europeia antecipa uma queda da economia portuguesa este ano de 6,8%. Ainda assim, os números do desemprego no primeiro trimestre deste ano parecem ainda não refletir os efeitos desta crise. A taxa de desemprego foi de 6,7%, mais baixa do que no trimestre anterior.
São as famílias com pessoas entre os 35 e os 44 anos que estão a ser mais afetadas pela quebra de rendimentos. Quem o diz é o Banco de Portugal.
O ministro dos Negócios Estrangeiros admite que a crise vai ser "brutal", mas lembra que ela é também "conjuntural" e tem esperança que Portugal possa recuperar no próximo ano. Um otimismo partilhado pelo ministro das Finanças, que acredita num desempenho da economia portuguesa acima da média europeia.
Quem deu "sinal de vida" foi o ex-ministro das Finanças Vítor Gaspar. O agora diretor de assuntos orçamentais do Fundo Monetário Internacional recomenda aos países que façam investimento público, mas avisa que quem tem uma dívida muito elevada tem de ter precauções extra.
Nos Estados Unidos já desapareceram mais de 20 milhões de empregos. Isto só em abril.
O presidente do Sporting, Frederico Varandas, veio, entretanto, defender uma união dos três grandes para fazer face à crise no futebol.
Informações que lhe podem ser úteis
A Bundesliga vai voltar. A Alemanha anunciou o regresso do campeonato nacional de futebol que, antes da paragem, era liderado pelo Bayern de Munique.
Já agora, se está com receio de mandar o seu filho à escola, a Direção-Geral da Saúde garante que não há motivos para isso. E explica porquê.
Sugerimos ainda que...
Para mim é obrigatório ouvi-lo de manhã, às vezes com o olho aberto que vai prolongando o descanso do que ainda continua fechado. "No Jardim-Horto de Camões" são os "Sinais" que o Fernando Alves nos dá hoje do roteiro que o próprio anda a traçar para o desconfinamento,
Levará, seguramente, alguma água na boca, tantas são as saudades de se sentar à volta do tacho, com os amigos que não vê há tanto tempo. Os "chefs", por estes dias, estão todos fechados em casa, a cozinhar para eles, antes que voltem a cozinhar para nós, mas a Teresa Dias Mendes abre-lhe o apetite com o chef Diogo Rocha, em mais uma edição de "Um dia de cada vez".
A "pandemia do medo" pode ser vencida. Se não acredita, é ouvir o "Sem medo do medo" desta quarta-feira.
E - nunca falha -hoje o Bruno Nogueira e o João Quadros meteram uma "máscara" no "Tubo de Ensaio" e saiuisto.
Até amanhã.